Vire sócio do Outback com R$ 60 mil
Rede de restaurantes dispensa o modelo de franquias e faz sociedade com os empreendedore
“Não trabalhamos com franquias. Por isso, os donos dos restaurantes são sócios do Outback e responsáveis pela operação”, explica Maroun. Cada sócio compra uma quantidade de cotas e recebe “de presente”, como diz o executivo, o restaurante pronto para operar.
As lojas, quase sempre dentro de shopping center, têm 600 metros quadrados, em média, e custam 4 milhões de reais para ficar dentro dos padrões da rede. “A gente quer o know-how desses sócios, por isso, eles não investem na infraestrutura de abertura das lojas”, conta.
Mais de 60% dos sócios são pessoas que já estavam ligadas à empresa, como gerentes e até garçons. Apesar da preferência por quem já conhece o cotidiano da rede e as especificidades da operação, Maroun não descarta a possibilidade de vender as cotas a profissionais com experiência na área de food service e empreendedores com grande capacidade de sucesso. “Temos um departamento para responder todas solicitações. Se as pessoas estão nos procurando com a intenção de abrir um restaurante, o mínimo que podemos fazer é dar uma resposta rápida”, defende o executivo.
A rede não divulga o faturamento da empresa no Brasil. Em relação ao retorno da operação, os sócios recebem um valor fixo todo mês mais um percentual sobre o resultado. “Cada sócio só pode abrir um restaurante para manter foco total na gestão e nos resultados. Todas as decisões sobre a operação são dele”, diz. Antes da inauguração, o empreendedor passa por seis a dez meses de treinamento para se adequar ao padrão da rede internacional.
Criada na Flórida, em 1988, a rede de restaurantes tem unidades em 21 países. O Brasil é destaque pela qualidade do serviço mas ainda perde para a quantidade de restaurantes. A meta do Outback no curto prazo é inaugurar até cinco unidades por ano. “O mercado está se mostrando melhor a cada ano. Com a chegada de novas redes e a consolidação das que já estão no Brasil, o mercado está sendo nivelado por cima”, opina Maroun.
Segundo o executivo, várias regiões ainda devem receber lojas da rede, desde que encontrem “as pessoas certas e o ponto certo”.