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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Franquias de Lavanderia

O tradicional negócio de lavar e passar roupas ganha força com a ascensão da classe média, a consolidação das mulheres no mercado de trabalho, e a maior demanda por serviços que substituem os afazeres domésticos. Segundo a Anel (Associação Nacional das Empresas de Lavanderia), existem cerca de 8.000 lavanderias em atividade no país, sendo entre 75% e 80% domésticas --que atendem o consumidor final.


Somente em 2011, elas faturaram o equivalente a R$ 2,5 bilhões.
O restante do mercado é formado por empresas que atendem hospitais, hotéis, indústrias e lavagem de jeans para fabricantes.

No setor de franquias, há opções de investimento em lavanderias que variam de R$ 93,4 mil --como é a Laundromat-- até R$ 485 mil, no caso da Lavasecco. Outras marcas, como Prima Clean, Quality e 5àSec, podem ser abertas com investimento a partir de R$ 108,5 mil, R$ 175 mil e R$ 480 mil, respectivamente.




Lavasecco: investimento inicial a partir de R$ 485 mil (inclusos instalação + taxa de franquia + capital de giro). O faturamento médio mensal é de R$ 40 mil, com lucro líquido de 18% (R$ 7.200). Retorno do investimento de 36 a 48 meses

Economia aquecida e redução do IPI favorecem setor

Segundo Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o segmento de lavanderia foi impulsionado pela elevação de renda do brasileiro e pelo aumento no número de mulheres no mercado de trabalho.

A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) da linha branca barateou o preço dos equipamentos e também favoreceu a implantação de novos pontos.

As franquias de lavanderia atendem, prioritariamente, o público das classes A e B. Mas já há clientes da nova classe média consumindo o serviço. "Lavar e passar não é o sonho das pessoas. Poucos querem fazer isso", afirma.

Investimento inicial e custo fixo são elevados

De acordo com a presidente da Anel, Paola Tucunduva, por exigirem ponto comercial e maquinário, as franquias de lavanderia têm custo fixo e de instalação elevados. "É quase uma indústria. A empresa tem máquinas e funcionários, diferente de um escritório, que dá para começar em casa", declara.

Outra preocupação é em relação ao horário de funcionamento. A lavanderia precisa abrir cedo para atender clientes que estão indo para o trabalho e param para deixar a roupa suja. O estabelecimento também deve fechar mais tarde para receber aqueles que estão no trajeto de volta para casa. Há algumas marcas, inclusive, que operam aos finais de semana.

Empreendedor precisa entender de tecnologia de lavagem

De acordo com a presidente da Anel, há dois tipos comuns de lavagem: com água e a seco. Na primeira, são utilizados água, detergente e amaciante, que penetram na fibra do tecido. Neste caso, a peça pode encolher após secar.

Já na lavagem a seco, utiliza-se um solvente químico em lugar da água. O produto limpa apenas a superfície do tecido, sem penetrar na fibra ou causar encolhimento. "O empreendedor precisa estudar e entender a tecnologia envolvida nas lavagens", diz.

Tucunduva afirma que a escolha do tipo de tecnologia é influenciada pelo ponto comercial e público local. Se houver demanda para lavar ternos e roupas de gala, é mais adequada a lavagem a seco.

No entanto, se a lavanderia estiver em uma região quente ou onde as pessoas vestem roupas casuais, a lavagem com água é uma opção viável. "É preciso entender o tipo de roupa que os clientes da região mais usam e o custo-benefício do investimento", declara.

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